Colecionadores de camisas de futebol de SC expõem seus acervos na Mega Liquidação

A edição deste ano da Mega Liquidação promete uma novidade que vai encher os olhos de qualquer amante do futebol. No sábado (9), durante todo o dia, a Associação Catarinense dos Colecionadores de Camisas de Futebol reunirá 25 expositores na 10ª edição do Encontro Estadual de Colecionadores de Camisas dos times profissionais do estado. O evento também contará com a participação de colecionadores dos estados vizinhos, Paraná e Rio Grande do Sul.

O presidente da Associação de Colecionadores do Estado,Tiago da Silva Campos, o Tiagão, fala sobre a participação na Mega Liquidação: “É um evento já tradicional de São José e da Grande Florianópolis, que nos ajuda a impulsionar a associação e a mostrar nosso trabalho. É uma grande oportunidade de trocar experiências, conhecer novas histórias e conectar colecionadores de diferentes regiões”, declarou

Com uma estrutura externa repleta de food trucks, o evento também oferece opções variadas de alimentação e cervejas artesanais. A Mega Liquidação reúne mais de 40 lojas locais, trazendo produtos variados, incluindo roupas, sapatos, acessórios, lingeries e itens de decoração a preços atrativos. A feira é uma iniciativa da Prefeitura de São José, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Aemflo/CDL e Sebrae/SC.

Bruscão

Leoberto de Souza Júnior, conhecido como Fumaça, é uma presença constante nos jogos do Brusque no Estádio Augusto Bauer e estará presente no evento. Ele mantém a página “Museu do Brusque” no Instagram, onde exibe sua coleção de camisas, pôsteres, agasalhos e outros itens relacionados ao Brusque.

“Eu sempre torci para o Brusque, sempre fui ao estádio. Já fui presidente da torcida [Torcida Força Independente – TFI]. No ano passado, comecei a ver o André [Luiz Westarb] e o Oda [Odair José da Rosa] com uma coleção toda formada e pensei: eu já estava há tanto tempo torcendo, poderia ter uma coleção. E isso foi há um ano e pouco”, relata Fumaça.

Desde então, seu acervo se expandiu para mais de 100 camisas em diferentes modelos. As mais valiosas são presentes de jogadores e torcedores que reconhecem o amor de Fumaça pelo Bruscão. Sua primeira camisa relacionada ao Brusque foi a da TFI de 1998, e a primeira do clube foi de 1996, um presente dos pais.

Fumaça gostaria de organizar um museu do Brusque aberto à visitação e também planeja levar sua coleção às escolas da cidade para incentivar as crianças a se tornarem torcedoras. A camisa mais difícil de conseguir foi a utilizada no chamado “jogo das faixas”: Brusque 1×2 Vasco, amistoso entre o campeão de Santa Catarina e o campeão do Rio de Janeiro, em 3 de fevereiro de 1993. Um presente de destaque é o do ex-goleiro Binho, que deu a Fumaça um conjunto de camisa e bermuda que usou naquela época.

Algumas camisas foram obtidas de maneiras inusitadas, como encontrar torcedores na rua ou no estádio vestindo as camisas. Fumaça tenta o contato, explica sobre sua coleção e inicia a negociação. Foi assim que conseguiu uma camisa de 1999, de um torcedor na final do Catarinense de 2023, e uma de 1992, com um senhor que estava fazendo jardinagem em um terreno.

De todo lugar

Ariel da Luz Silva começou a colecionar em 2015, com uma camisa do Brusque que ganhou de seu pai. “Tenho família em Chapecó. Meus pais iam visitar às vezes e traziam camisas da Chapecoense. Comecei a comprar camisas do Flamengo, meu pai era avaiano e me deu três. Comecei a participar de grupos e a comprar algumas mais aleatórias”, relata.

Hoje, ele possui 220 camisas, entre elas sua inegociável: a camisa do Avaí, com o patch de campeão da Série C de 1998. Seu acervo é diversificado, com camisas de clubes de Santa Catarina como Blumenau, Concórdia e Metropolitano, além de times de fora do estado. Ariel busca sempre o preço: “Camisas de R$ 100, R$ 120, vou comprando. Acho que minha coleção é a mais aleatória daqui”, diz ele.

Odair José da Rosa começou a focar em sua coleção em 2017, embora sua primeira camisa do Bruscão tenha sido adquirida em 2007. “Todo ano eu comprava uma, mas sem objetivo de ser colecionador. Em 2017, vi uma matéria com o Richard [Andrietti, outro colecionador], me empolguei e passei a ter a coleção como objetivo.”

Sua aquisição mais difícil foi a camisa de 1992 do goleiro Carlos Alberto, utilizada no Campeonato Catarinense e na Copa Santa Catarina, que levou dois anos de negociação. “É o boca-a-boca, abordar na rua, a conversa, é assim que sai o melhor negócio. Se formam parcerias e amizades. O cara vai criando vínculos, recebendo dicas, dando outras. É bem legal”, comenta Odair.

Presença avaiana

Em meio às coleções do Bruscão, Tiago da Silva Campos, o Tiagão, demarcava o espaço do Avaí. O torcedor azurra possui um vasto acervo, que inclui uma medalha do título da Série C do Campeonato Brasileiro em 1998, entre outros artigos. Sua coleção começou a ser reforçada com mais dedicação em 2017, com a criação da página “Acervo Avaiano”.

A camisa mais antiga e também a mais difícil de conseguir foi a de 1971, de jogo, número 9, que levou dois anos e meio de negociação. “Tenho mais de 400 camisas. São cerca de 400 do Avaí, além de alguns outros times que amigos mandam. Guardo tudo com muito carinho”, explica Tiagão.

Serviço

O quê: 10º Encontro de Colecionadores de Camisas de Futebol – Mega Liquidação de São José – 2024
Quando: 9 de novembro, sábado, das 10h às 22h.
Onde: Centro Multiuso de São José, Avenida Beira-Mar
Entrada e estacionamento: Gratuitos

O post Colecionadores de camisas de futebol de SC expõem seus acervos na Mega Liquidação apareceu primeiro em Informe Floripa.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.