Desobediência na PMSC e demora em nomeações geram desconforto no Governo

O governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), enfrenta uma crise política interna após o comandante geral da Polícia Militar do estado, Coronel Aurélio Pelozato, descumprir uma ordem direta para reconduzir o Tenente-Coronel Rafael Vicente ao comando do 12º Batalhão da Polícia Militar de Balneário Camboriú. A insubordinação, atribuída a questões pessoais do coronel, tem causado desgaste à imagem do governador, especialmente entre a população da região e setores da política ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que pressionavam pela volta do oficial.

A indicação de Vicente ao comando Batalhão partiu de uma demanda popular, principalmente dos moradores de Balneário Camboriú, que veem no militar um nome de confiança para a segurança pública na região. A escolha também conta com o apoio expressivo da base eleitoral importante para Jorginho Melo. A resistência do Coronel Pelozato em acatar a ordem do governador, no entanto, tem sido interpretada como um ato de insubordinação, minando a autoridade do chefe do Executivo estadual e expondo fissuras no comando da PMSC.

Governador Joginho Mello, com o Tenente coronel Rafael Vicente. foto: divulgação

Além do impasse envolvendo o 12º BPM, outra fonte de insatisfação dentro da corporação é a demora do governador em anunciar o novo comandante geral da PMSC. O nome mais cotado para assumir o cargo é o do Coronel Jofrey Santos da Silva, visto como um militar alinhado aos valores da direita conservadora, e com perfil técnico para liderar a corporação. A indefinição, no entanto, tem gerado desconforto entre a tropa, que aguarda uma decisão que traga estabilidade e direcionamento claro para a segurança pública no estado.

De acordo com alguns analistas, a situação expõe a fragilidade política do governador, que, além de lidar com a insubordinação de um de seus principais comandantes, vê sua imagem ser prejudicada junto a um eleitorado estratégico. A desobediência de Pelozato tem sido interpretada como uma falha na blindagem política que o Comandante Geral deveria oferecer ao governador. Enquanto isso, a população de Balneário Camboriú e os setores conservadores aguardam respostas concretas, em um cenário que combina pressão popular e descontentamento interno na PMSC.

Até o momento, o governo do estado não se pronunciou oficialmente sobre os desdobramentos do caso. No entanto, a crise tende a se aprofundar caso Jorginho Melo não resolva rapidamente os impasses, reafirmando sua autoridade e reconectando-se com sua base política e com a tropa da PMSC. Enquanto isso, a segurança pública catarinense segue sob o espectro da incerteza e da tensão.

O texto acima foi publicado em primeiramão pelo Portal Guararema News, mas foi retirado da internet sem maiores explicações.

Por Róbinson Gambôa

 

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