Inflação anual de Florianópolis é a 3ª maior entre capitais, mostra índice da Udesc Esag

Considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses, Florianópolis fechou em julho o terceiro maior índice entre 17 capitais – no mês anterior, estava em segundo lugar. A inflação acumulada entre agosto de 2023 e julho de 2024 na capital catarinense ficou em 5,23%, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), com 5,67%, e São Luís (MA), com 5,52%

Quando se considera apenas a variação dos preços ao longo de 2024, a inflação de Florianópolis permanece em quarto lugar (3,43%). Por esse critério, fica atrás de São Luís (4,75%), da capital sergipana Aracaju (4,02%) e de Belo Horizonte (3,90%).

Índice

A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.

Inflação acumulada em 12 meses:

1 Belo Horizonte (MG) 5,67% 
2 São Luís (MA) 5,52% 
3 Florianópolis (SC)* 5,23%
4 Brasília (DF) 5,07% 
5 Fortaleza (CE) 5,01% 
6 Belém (PA) 4,94% 
7 São Paulo (SP) 4,74% 
8 Campo Grande (MS) 4,59% 
9 Rio Branco (AC) 4,51% 
BRASIL 4,50%
10 Goiânia (GO) 4,50% 
11 Aracaju (SE) 4,46% 
12 Grande Vitória (ES) 4,33% 
13 Rio de Janeiro (RJ) 4,29% 
14 Salvador (BA) 3,84% 
15 Curitiba (PR) 3,63% 
16 Porto Alegre (RS) 3,53% 
17 Recife (PE) 3,20% 

*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.

O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que se fosse usada a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.

Comparação

A alta de preços em Florianópolis está 0,73 pontos percentuais acima do IPCA nacional (4,50% em 12 meses). Grandes cidades como São Paulo (4,74%) e Rio de Janeiro (4,29%) também tiveram inflação anual bem menor que a da capital de SC. Já Brasília permanece logo atrás de Florianópolis, em quarto lugar (5,07%).

O índice local também contrasta com os das outras duas capitais da Região Sul. Porto Alegre (RS), teve a segunda menor inflação da lista (3,53%) e Curitiba (PR), a terceira menor (3,63%). As duas tiveram inflação anual maior apenas que a de Recife (PE), com 3,20%.

Preços locais

Em Florianópolis, os preços ligados à habitação foram os que mais puxaram a inflação local para cima, subindo 8,43% em 12 meses. Pesaram nesse caso os aumentos do aluguel residencial (8,3%) e despesas com reparos de imóveis, como azulejos e pisos (26,6%) e mão de obra (25,7%).

Em seguida vêm os transportes (6,67%), alimentação (5,88%) e educação (5,84%). Somados à habitação, esses grupos juntos são responsáveis em média, todos os meses, por mais de 60% dos gastos das famílias, segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.

Nos transportes, destacam-se as passagens aéreas com origem ou destino em Florianópolis, que subiram 47,6% em 12 meses. Entre os alimentos, dois produtos mais que dobraram de preço no período (batata inglesa e cebola de cabeça, com aumentos de 106,4%). A beterraba ficou em terceiro lugar, com alta de 56,6%.

Os demais grupos pesquisados tiveram aumentos nos últimos 12 meses que ficaram abaixo do índice geral. É o caso de despesas pessoais (5,03%), saúde e cuidados pessoais (4,10%), artigos de residência (2,01%) e serviços de comunicação (1,21%). Já os artigos de vestuário ficaram mais baratos nos últimos 12 meses (-3,33%).

Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.

Saiba mais em udesc.br/esag/custodevida.

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