Temporada teve quase 2 mil pinguis encontrados mortos em Florianópolis

Segundo dados divulgados pela Associação R3 Animal, uma organização não governamental (ONG) que trabalha com o resgate, reabilitação e reintrodução de pinguins na natureza, até o último dia 30 de julho, 1.970 pinguins-de-magalhães foram registrados somente nas praias de Florianópolis. O período corresponde à temporada migratória de 2024 destes animais.

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Destes, porém, apenas cerca de 126 foram resgatados com vida, o que preocupa as autoridades. Segundo a ONG, os pinguins geralmente morrem na migração para as águas da costa brasileira, que são mais quentes, pois se perdem de seus bandos na viagem e, fragilizados, acabam não resistindo.

Em comparação, no ano passado foram encontrados 2.028 pinguins nas praias da Capital catarinense, dos quais apenas 121 estavam vivos.

O primeiro pinguim encontrado na região este ano foi registrado na Praia de Joaquina, em meados de abril. Em maio, ocorreram dois novos resgates, mas a partir de junho a migração se intensificou, e desde então centenas de pinguins foram encontrados sem vida nas orlas, geralmente trazidos pela maré até a faixa de areia.

Estes animais, antes de virem para o litoral brasileiros, estavam na região da Patagônia argentina, de águas geladas, e sua migração ocorre principalmente em busca de alimentos em águas mais quentes. Porém, uma vez que chegam em seus objetivos, extremamente cansados e debilitados, muitas vezes os animais acabam morrendo.

“É normal recebermos esse volume de pinguins juvenis, debilitados ou mortos. É o curso da natureza. Só a interação com a pesca que não é natural. Eles vão atrás do cardume que está sendo pescado, se enredam e acabam se afogando”, explicou o veterinário Sandro Sandri, do PMP-BS/R3 Animal.

Embora o número seja pequeno, os animais que são resgatados com vida são logo encaminhados para o centro de reabilitação da ONG, onde passam por tratamentos veterinários até que, quando aptos, são reintroduzidos na natureza.

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