Estudo aponta praia de Florianópolis como a mais poluida do País por microplásticos

A Praia de Pântano do Sul,tradicional comunidade de pescadores situada no Sul da Ilha em Florianópolis, foi apontada como a mais poluida do Brasil por microplásticos. Os números se referem às partículas de plástico de até cinco milímetros consumidas por animais marinhos, resultado de ume studo promovido pela Ong Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP).

O Pântano do Sul também lidera os índices de presença de macrorresíduos e macroplásticos. Apesar de acumular os maiores índices dos resíduos plásticos, a orla segue considerada própria para banho de mar, conforme as últimas quatro análises de balneabilidade divulgadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), elaboradas entre abril e maio deste ano.

O mesmo documento aponta a Praia do Rizzo, na região continental da capital como terceira no ranking de poluição. Com isso, Florianópolis é a terceira cidade do país com a maior densidade de microplástico por metro quadrado.
A pesquisa foi divulgada na quinta-feira (19), após um trabalho de expedição que durou 16 meses de expedição, em 7 mil quilômetros percorridos, abrangendo 306 praias em 201 municípios brasileiros.

Acima de Florianópolis nesse ranking da poluição por microplásticos estão apenas as cidades de Mongaguá, no litoral de São Paulo, e Conceição da Barra, no Espírito Santo.

Conforme o relatório, a poluição do oceano causada por plásticos é descrita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos maiores problemas ambientais da história da humanidade. Segundo o estudo, 100% das praias analisadas do Brasil contêm resíduos plásticos.

Microplásticos foram encontrados em 97% dos locais analisados. Do total de poluentes, 91% são plásticos, sendo 61% itens descartáveis, como tampas de garrafa. Entre os macrorresíduos, o maior volume encontrado foi o de bitucas de cigarro.

Os detritos entram facilmente na cadeia alimentar por animais que se alimentam no oceano. Em 2023, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) já havia detectado glitter e microplástico em ostras e mariscos. O estado é o maior produtor dos mexilhões no país.

A Prefeitura de Florianópolis se manifestou wemresposta aos estudos, informando que os microplásticos “não são necessariamente resultado de poluição local, mas sim de resíduos transportados por correntes oceânicas oriundas de outras regiões”.

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