Obra de drenagem abre buraco em frente a escola e provoca protestos

Em Florianópolis, um grupo de pais e mães de alunos da Escola Básica Municipal Antônio Paschoal Apóstolo, no bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha, promoveu um protesto na quarta-feira (13). O ato ganhou o nome “Pela segurança dos nossos filhos”. A escolza mantém cerca de 620 estudantes foi o nome do ato realizado na quarta-feira (13) pela comunidade escolar.

A manifestação ocorreu por conta de um buraco que as obras da Prefeitura abriram na frente da porta de entrada. A comunidade denuncia que a obra, que não tem placa de identificação específica, está com estruturas de segurança inadequadas, expondo pedestres a possíveis quedas, cortes, atropelamentos e outros riscos.

A professora Juliana Gomes, que dá aula na escola há dez anos, afirma que a direção não foi informada da intervenção no local e que a unidade ainda ficou sem luz, água e internet. “Faltam 40 dias para o ano letivo terminar. Porque não esperar as aulas terminarem?”, questiona. A pergunta é repetida por pais e mães de estudantes. A principal demanda da comunidade escolar é a melhoria das condições de segurança.

Essa não é a primeira vez que a população do Rio Vermelho sofre com transtornos gerados por obras. Em abril deste ano, o Coletivo Mães pela Mobilidade fez um relatório sobre os impactos da obra de macrodrenagem no dia a dia de estudantes do bairro. O documento, que foi levado ao Ministério Público de Santa Catarina pelo deputado Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL), expôs aumento da dificuldade de locomoção e da vulnerabilidade da comunidade escolar, de idosos e pessoas com deficiência e incremento do risco e da ocorrência de acidentes.

“É necessário que as gestões públicas realizem intervenções, mas cuidando das pessoas e dos ambientes impactados”, ressalta Marquito.

A Prefeitura se manifestou nesta quinta (14), infromando que as obras são para instalação da drenagem no bairro, e que devem colaborar para que não ocorram mais alagamentos cada vez que chove. Após os protestos, a segurança no local foi reforçada pela Guarda Municipal, já que muitos motoristas estavam retirando os cavaletes para poder passar. O trecho segue interditado para trânsito.

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