Armas de gel causam preocupação e geram alerta em Florianópolis

A crescente popularidade das “armas de gel”, também conhecidas como “gel blasters”, tem gerado sérias preocupações em relação à segurança pública e à integridade física dos cidadãos, especialmente no que diz respeito aos danos que esses dispositivos podem causar à saúde. Em Florianópolis, um projeto protocolado na Câmara Municipal de Vereadores busca proibir a comercialização, o uso, o transporte e a distribuição das “gel blasters” no município.

De acordo com o vereador Claudinei Marques, autor do projeto, a proposta busca garantir que todos possam viver com mais segurança, evitando que esses produtos causem mais danos à sociedade. Principalmente as crianças, que são as mais vulneráveis a incidentes causados por esses dispositivos.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alertam que o impacto das bolinhas de gel disparadas por essas armas pode causar lesões irreversíveis, incluindo perda total da visão. Além disso, as esferas podem causar hematomas, inflamações e cortes profundos, representando uma ameaça, principalmente para crianças e adolescentes.

Recentemente, a cidade de Garuva, no Norte de Santa Catarina, foi palco de um incidente envolvendo armas de gel, que agravou ainda mais as preocupações sobre a segurança. Um grupo de crianças, incluindo uma de apenas cinco anos, foi atacado por adolescentes portando essas armas. As vítimas foram colocadas de joelhos como reféns, e o caso gerou um grande impacto nas famílias locais, que procuraram o Conselho Tutelar para denunciar o ocorrido. Esse episódio evidencia o risco crescente de violência e confusão que essas armas podem gerar, especialmente em espaços públicos.

“Vale ressaltar que não queremos proibir as crianças e adolescentes de brincarem, a nossa preocupação é com a segurança delas e com a proteção da integridade física de todos os cidadãos de Florianópolis”, afirmou o vereador.  As “gel blasters”, embora vendidas como brinquedos, não são classificadas como tal pelo Inmetro, que alerta que não devem ser usadas por menores de 14 anos. A falta de regulamentação adequada e a natureza dos incidentes envolvendo essas armas reforçam a necessidade de medidas para prevenir acidentes.

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