MDB ingressa no governo Jorginho; o drama das famílias da Fortaleza São José e outras notas

De corpo e alma MDB reforça governo Jorginho

O colunismo político estadual dá como certo o ingresso, agora completo, do MDB no governo Jorginho Mello (PL), inclusive com a conversa de essa parceria se estender com o apoio do partido à reeleição do governador em 2026. Seria a união dos dois maiores partidos do Estado em número de prefeitos.

Atualmente o MDB tem participação prá lá de tímida no governo. Apenas com o cargo de Secretário de Infraestrutura, ocupado por Jerry Comper. A partir de agora, essa participação ficará expressiva, com o presidente, Carlos Chiodini, vindo a ocupar a Secretaria de Agricultura e Pecuária; o deputado estadual Emerson Stein iria para a Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde (ambas com porteira fechada para nomeação dos órgãos) e o deputado estadual Fernando Krelling ainda nomearia o presidente da Fesporte.

O anuncio já foi antecipado pelo governador em coletiva com colunistas políticos nesta manhã de terça (18) na Casa da Agronômica. Desde a semana passada acompanho movimentos nesse sentido, que agora tem o ato final próximo de se concretizar. O partido ingressa de vez no governo assumindo os cargos a partir do início de março.

Trucou o gato

O pretenso pré-candidato a governador, João Rodrigues (PSD), abriu o ano com movimentos fortes em direção a disputa em 26. Seus movimentos geraram uma reação forte e muito rápida do governador Jorginho Mello. Ajustes foram e estão sendo feitos no seu governo, que passa a ser mais dinâmico e conversar diretamente com a população.

No campo político, esse movimento trazendo o MDB é muito significativo. Atrai com dois anos de antecedência aquele que poderia decidir a eleição em 26 pendendo para um lado ou para outro. Ao que parece, João antecipou o jogo contra um concorrente que tem o baralho nas mãos. Como se diz nas rodas de truco lá pro lado do Oeste, trucou o gato.

O drama das famílias tradicionais da Fortaleza

O drama de oito famílias tradicionais que podem ter suas residências próximas a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, no Norte da Ilha, demolidas foi abraçado por comunidades vizinhas de toda região e lideranças de vários setores, inclusive políticas como o vereador Dinho (MDB), que, inclusive, é natural daquela região.

Desde 1984 arrasta-se uma contenda judicial pedido a desocupação das famílias daquele local. Mais recentemente o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e MPF incorporaram um pedido para a remoção dos imóveis das famílias que se aplicam à pesca, objetivando necessidade de implantação de obras de acessibilidade e paisagismo, com foco na exploração turística da região e da Fortaleza de São José. Os moradores se defendem e alegam que os os nativos, filhos de pescadores que estão na região a mais de 250 anos, estão sendo expulsos para privilegiar a exploração imobiliária.

O problema é que as famílias estão naquela região há muitas décadas. São famílias de pescadores, cujas moradias vão passando de geração em geração. Isso revoltou toda a comunidade da região. Na sessão da Câmara desta segunda-feira (17) o vereador Dinho trouxe a questão a público. “A fortaleza não pode ser justificativa para ser retirada aquela comunidade dalí”, ponderou. “Quer dizer agora que seus ancestrais, sua história, não têm valor”, reclamou.

Comunidades protestando e as máquinas chegando para derrubar as casas nesta manhã de terça (18)

Sem definição

Nesta manhã de terça (18) a situação das famílias que residem ao lado da Fortaleza de São José da Ponta Grossa se agravou com as autoridades se deslocando até a região com máquinas pesadas para cumprir a determinação judicial para demolição dos imóveis. No despacho o juiz entende que a comunidade é “provisória” e não respeita sua história, quase tão antiga quanto o forte.

Diante de muitas articulações nos bastidores o Iphan se manifestou no processo apontando para a possível formulação de um ajuste de conduta. A Justiça acatou a manifestação e a demolição está suspensa. Esse fato novo interrompeu, ao menos por ora, o processo de demolição e as máquinas deram ‘meia volta volver’.

Agora, atores com o prefeito Topázio Neto (PSD) e outras lideranças vão interagir para entrar num consenso, evitando a demolição dos imóveis. O vereador Dinho chegou a gravar um vídeo aos prantos no início desta manhã de terça (18), implorando por uma saída para o caso. As tratativas prosseguem durante o dia.

Vereador Dinho, morador daquela região, gravou vídeo emocionado

Fala de Jorginho não foi discriminatória

Importante fazer o registro que a recente acusação por racismo contra o governador Jorginho Mello (PL), por conta de falas em um evento em Pomerode, não prosperou. Políticos especialmente de esquerda, alguns inclusive com cadeira na Câmara da Capital, atacaram o governador por citar a cor da pele da população de Pomerode.

Na verdade a base era apenas um recorte da fala do governador. Analisando o contexto completo do pronunciamento o MPF entendeu que o governador, ao contrário do que acusavam seus opositores, elogiou “a mistura de raças que em Santa Catarina faz a diferença”. Assim, o MPF não viu na fala nenhum propósito discriminatório. A decisão de arquivamento da denúncia foi comemorada na Câmara da Capital pelo vereador João Padilha (PL). “A esquerda mais uma vez desmentida aqui”, comentou.

Governador Jorginho se manifestou através de vídeo

Narrativa do ódio

A verdade é que esse episódio envolvendo a fala do governador Jorginho tem que ser tomada como base para traçar um modus operandi de agentes políticos com o advento das redes sociais. Exageram nas acusações, jogam nomes na lama, sem responsabilidade.

Lideranças de esquerda costumam acusar a extrema direita de disseminadora de fake news, de propagar mentiras. Mas, muitas vezes joga com a mesma tática. Na guerra das narrativas, o que vale é viralizar contra o adversário. Se o argumento é verdade, é  é o que menos importa. É uma tática nojenta. Talvez, a que mais faça o cidadão comum odiar a política cada dia mais. O povo já conhece essa manipulação dos fatos há muito tempo. Que o diga a expressão “tudo farinha do mesmo saco”.

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Falta de água

O vereador do MDB, Bezerra, não poupou elogios para o superintendente Carlinhos que trabalhou incansavelmente para amenizar e resolver o problema de falta de água que atingiu as regiões das comunidades do Monte Cristo e Sapé, neste final de semana.

Internet Móvel

A péssima cobertura de internet móvel das empresas de telefonia foi tema de uma agenda do presidente da Câmara da Capital, João Cobalchini (MDB), em Brasília, nesta semana. Ele se reuniu nesta terça-feira (18) com a Anatel e expôs que “existem vários pontos de apagão em Florianópolis”. Ele cita inclusive até a SC-401 com pontos sem sinal, causando muita insegurança. Mas, o apagão atinge comunidades inteiras, como Vargem Grande, Vargem Pequena, Ponta do Sambaqui, Canto da Lamin e outras. Para o vereador, é um absurdo a Capital do Estado sofrer com falta de sinal de celular.  Entretanto, Cobalchini adianta que infelizmente esse cenário não é só uma realidade de Florianópolis, mas atinge várias regiões do Estado.

Ampliação

Na Anatel João Cobalchini teve a companhia na audiência dos vereadores Gemada, Bericó e Adrianinho. Eles foram recebidos pelos representantes da Anatel, Bernardo Fernandes Corrêa e Dagmara Caixeta, que, segundo o presidente da Câmara, se comprometeram a reforçar a cobrança às operadoras e estudar a inclusão dessas localidades nas próximas licitações.

Vereadores da Capital reunidos com representantes da Anatel

Audiência Pública

O vereador Dinho concorda com Cobalchini e disse que em Florianópolis as operadoras de telefonia celular vendem o “5 G e muitas vezes não tem o zero G”. Ele sugeriu uma audiência pública para tratar do tema, com convocação das telefonias, visto que a comunicação é um serviço indispensável hoje em dia.

Sem retirada

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereadora Manu Vieira (PL) disse que o Sintrasem solicitou a retirada do projeto de reforma da previdência privada dos servidores de tramitação, porém o pedido não poderá ser atendido.

Existe muita contrariedade com a forma como o sindicato se posicionou sobre a matéria e por ter desencadeado uma greve antes mesmo de o projeto entrar na Câmara. “Não admito uma greve que faz a criança ficar em casa”, disse a vereadora, salientando que se forem levar em consideração os últimos 10 anos de estudo de uma criança que frequenta as escolas municipais da Capital, ao menos um ano ela perdeu em razão das greves anuais dos professores.

Animais nas praias

Um projeto de autoria da ex-vereadora Maria da Graça Oliveira Dutra, o nº 1.705/2018, foi arquivado nesta semana. O objetivo foi facilitar a tramitação do projeto que será enviado pelo prefeito Topázio Neto (PSD) sobre liberação de animais nas praias, já que a matéria de 2018 rezava sobre o mesmo tema. A diferença é que a ideia do novo projeto prevê não delimitar locais, mas escolher praias pilotos para implantar a iniciativa de liberar para os pets.

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