Com o objetivo de apresentar um diálogo multifacetado sobre o tempo, a exposição “Ciclos e Linhas – o tempo como narrativa”, abre na quinta-feira, dia 15 de maio, na Fundação Hassis, em Florianópolis. Com curadoria de Meg Tomio Roussenq, a mostra vai reunir obras inéditas das artistas Ângela Vielitz, Audrey Laus, Bernardete Wrublevski Aued e Miriam Porto. A entrada é gratuita e o evento de abertura começa a partir das 19h.
De acordo com Meg, a mostra apresenta reflexões sobre memória, identidade e a complexa relação dos seres humanos com objetos materiais e imateriais. “Ao mesmo tempo, o processo expõe também características que escapam à identificação, aquilo que não guarda proximidade ou linearidade, compondo uma narrativa que reconhece tanto o pertencimento quanto a desconexão”, compartilha a curadora.
A exposição, que é a primeira coletiva realizada com esse grupo de artistas, reúne um conjunto diversificado de técnicas e suportes artísticos que inclui pinturas em acrílico e aquarela, fotografias, colagens, instalações e objetos antigos. As obras, que foram criadas ao longo de seis meses, exploram a passagem e o impacto do tempo, convidando o público a reflexões profundas e poéticas.
Quatro momentos
A mostra é composta por quatro momentos, onde, segundo a curadora, são apresentadas diferentes temporalidades. Em “Tempo Iconográfico”, a artista Ângela explora a permanência e transmutação de símbolos através das civilizações, enquanto Audrey utiliza a metáfora visual da ‘colcha de retalhos’ para ilustrar nos trabalhos em “Retalhos de afetos”. A artista Bernadete cria uma ponte temporal entre a imigração histórica polonesa e os deslocamentos contemporâneos em “Elegia Polka” e em “Consumo e Descartes”, Miriam tenciona a temporalidade efêmera da produção industrial com a permanência destrutiva de seus resíduos no ambiente.
Meg ressalta que as coleções configuram um mosaico de reflexão sobre como objetos, símbolos e experiências afetivas específicas estabelecem pontes temporais que formam nossas identidades individuais e coletivas, questionando as fronteiras entre passado e presente, local e universal, humano e natureza. “Através desta trama de ciclos e linhas, as artistas convidam o público a repensar sua própria inserção nas múltiplas temporalidades que nos constituem e nos conectam”, completa.
“Ciclos e Linhas – o tempo como narrativa” poderá ser visitada até 18 de junho na Fundação Hassis, que fica na Rua Luiz da Costa Freysleben, 87, em Itaguaçu, na região continental de Florianópolis. A visitação pode ser feita de segunda a sexta, das 13h30 às 17h e aos sábados das 10h às 15h.
Sobre as artistas
Ângela Vielitz: nascida em Novo Hamburgo/RS e formada em Artes Plásticas pela Universidade do Distrito Federal, em 1983, estudou técnicas diversas e atualmente pesquisa a apropriação de imagens fotográficas autorais. Atualmente integra o Ateliê de Meg Tomio Roussenq.
Audrey Laus: nascida em Florianópolis/SC e formada em Direito, interessou-se pela arte desde a mais tenra idade, passando a estudar a técnica da aquarela no ano de 2017. Também tem voltado sua atenção à prática da gravura, especialmente com materiais alternativos. Atualmente integra o Ateliê Alvéolo, o Coletivo Mirra e o Ateliê de Meg Tomio Roussenq.
Bernardete Wrublevski Aued: nascida em Canoinhas/SC, professora aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Doutora em Ciências Sociais, dedica-se à fotografia e nas técnicas da aquarela e acrílica, participando atualmente do Ateliê de Meg Tomio Roussenq.
Miriam Porto: nascida em Tubarão/SC, formada em Magistério Fundamental em 1969, passou a desenvolver as técnicas de pintura a óleo/ acrílico em 1976, a partir do qual participou de cursos de desenho e história da arte. Hoje participa do Ateliê de Meg Tomio Roussenq.
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